Conhecimento milenar....
A meditação – uma prática milenar, essencial nas tradições orientais – se tornou popular em todos os países do Ocidente, conforme a sociedade moderna busca encontrar formas de combater o estresse e melhorar a sua qualidade de vida. Recentemente, uma nova pesquisa científica sugere que a meditação pode trazer inúmeros benefícios para nossa saúde e desempenho, incluindo a função imunológica melhorada, a redução da pressão sanguínea e função cognitiva mais apurada. O novo estudo, junto com muitos outros, tenta descobrir de onde vêm os benefícios da prática. O objetivo da pesquisa é desvendar a complexidade conceitual e mecanicista da consciência na meditação.
Os 4 componentes
O estado de consciência da meditação, tem, segundo os pesquisadores, quatro componentes chave que podem ser responsáveis por seus efeitos:
1. Regulamentação da atenção (Água)
2. Consciência corporal (Terra)
3. Regulação emocional (Ar)
4. Senso próprio (Fogo)
Juntos, esses componentes nos ajudam a lidar com os efeitos do estresse. Eles estão intimamente ligados. Ou seja, uma melhoria na regulação de atenção, por exemplo, pode melhorar a nossa consciência de nosso estado fisiológico. Uma consciência corporal, por sua vez, nos ajuda a reconhecer as emoções que estamos experimentando. Compreender as relações entre esses componentes e os mecanismos cerebrais subjacentes a eles permite que os médicos sugiram intervenções de meditação adequadas aos seus pacientes.
Assunto sério
No entanto, a meditação não deve ser feita de qualquer jeito e não cura tudo. Para que ela seja eficaz, requer treinamento e prática. Além disso, pode ter diferentes efeitos mensuráveis sobre nossas experiências subjetivas, nosso comportamento e nossas funções cerebrais.
Os médicos esperam que mais pesquisas sobre este tema permitam que um espectro muito mais amplo de indivíduos utilize a meditação como uma ferramenta versátil para facilitar a mudança, tanto na psicoterapia quanto na vida cotidiana.
Meditar É Viver Mais E Melhor
Vamos mostrar as últimas e surpreendentes pesquisas sobre o assunto, publicadas em uma das principais revistas científicas do planeta, e ensinar uma técnica tão simples que até quem nunca meditou vai conseguir. Os números impressionam. Comparada com os efeitos produzidos apenas por medicamentos, a meditação diminuiu em 49% as mortes por câncer, em 30% as decorrentes de problemas cardiovasculares e em 23% as provocadas por doenças em geral. O estudo, publicado no conceituadíssimo periódico American Journal of Cardiology, durou nada menos do que 18 anos e foi feito com 202 homens e mulheres idosos e hipertensos que se dedicaram a essa prática sistematicamente. Duas vezes, todo dia, durante 20 minutos.
Professor Dr. Robert Schneider
O estudo se refere à meditação transcendental, uma, entre as cerca de 6 mil técnicas meditativas existentes no mundo. Não que as demais não sejam eficazes. São sim, e isso já está mais do que comprovado. “Todas causam um estado de relaxamento psicofísico”, explica o Dr. Roberto Cardoso, professor do Curso de Especialização em Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). O que diferencia a transcendental das demais é, além da simplicidade, a rapidez de seus efeitos. “Ela age de forma surpreendente desde os minutos iniciais, permitindo que o corpo descanse duas vezes mais do que durante o sono”, afirma o professor Dr. Robert Schneider, diretor do Centro de Prevenção e Medicina Natural da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, e um dos principais coordenadores da pesquisa.
A meditação transcendental não tem nada a ver com religiões e não requer rituais ou a repetição de complicadas palavras em sânscrito. Basta sentar (não precisa ser na clássica posição de lótus) e meditar, sem a necessidade de isolamento. No chão ou numa cadeira, num lugar bucólico ou numa movimentadíssima avenida, o resultado é o mesmo.
Meditar significaria, então, a cura de todos os males? Não existe técnica milagrosa. A prática regular cria condições para resolver os problemas e, assim, melhorar a saúde. Na raiz de grande parte das doenças está o estresse, que, como se sabe, dá maus frutos. “Ele aumenta o desequilíbrio de hormônios, como o cortisol, que inflama as artérias. Isso causa hipertensão e pode resultar em derrames e ataques cardíacos”, resume o Dr. Robert Schneider. A meditação transcendental, utilizada no estudo, confirmou algo que os cientistas já suspeitavam: ela contribui até para evitar o acúmulo de placas gordurosas nas artérias do coração, a temida aterosclerose.
Outros estudos comprovaram que a meditação retarda o envelhecimento, melhora a qualidade de vida de portadores de doenças graves e auxilia na redução do consumo de cigarro, álcool e outras drogas.
Passo-a-passo
Aprenda a técnica básica da meditação. Inspire e expire sempre pelo nariz
1. Com uma roupa confortável e os pés descalços, sente-se num local onde se sinta bem acomodado. Se for numa cadeira, fique na ponta para apoiar os pés no chão. Numa almofada, cruze as pernas.
2. Encaixe os quadris e mantenha a coluna ereta. Solte os ombros para não forçar a musculatura. Evite mudar de posição, mesmo que sinta dor e desconforto. Isso facilita a concentração e evita os pensamentos dispersivos.
3. Para manter a cabeça na linha da coluna, incline levemente o queixo para baixo até que ele fique paralelo ao corpo. A língua no céu da boca facilita a passagem da saliva. Mantenha os olhos semi-abertos e fixe-os num ponto para não adormecer.
4. Coloque a mão direita sobre a esquerda e una a ponta dos polegares. Repouse as mãos nesta posição em seu colo. Agora, procure esvaziar a mente, sem se concentrar em nenhum pensamento.
Fonte: www.vocesabia.net
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